Despedida rapidinha

Olá,pessoal?


Venho aqui pra dizer que estou transferindo novamente por "questões de estilo" a plataforma do meu blog.Agora é wordpress novamente e espero que vocês gostem do novo espaço,certo?


www.coisasubterranea.wordpress.com


Abraço

Trabalho sobre o Mercado de Shows no Brasil

Há dois meses,fiz um trabalho em Técnicas de Jornalismo(matéria curricular do curso de Jornalismo da PUC/PR)sobre o mercado atual de shows no Brasil.Aproveitei e fiz algumas entrevistas para o mesmo.Fiquei enrolando para editar e colocar,mas agora está indo.Aproveitem.

Fernando Detoni de Paula - Mercado de Shows no Brasil

O mercado de shows tem estado aquecido na ultima década.Desde a ultima década,a demanda por shows aumentou em 30%,assim como o preço dos ingressos.Com o crescimento da economia,muitos festivais surgiram,e outros vieram de fora como o Lollapalooza,festival criado há vinte anos por Perry Farrell nos EUA,e o Sonar,festival que surgiu na Espanha em 1997.

O ano de 2012 foi o maior na historia do mercado.Segundo a Folha de S.Paulo,cerca de 459 artistas diferentes visitaram o Brasil para fazer shows.De sete anos para cá,a demanda tem crescido muito.

Mas ao que parece,a festa acabou.Com a grande concorrência,vieram o aumento abusivo de cachês de artistas internacionais e consequentemente de ingressos.A média de preços que era de R$ 35 em 2001 subiu para R$ 175 em 2011.

Em consequência disso,shows com lotação esgotada se tornaram raridade.Primeiro,foram os shows de Madonna e Lady Gaga,que tiveram carga de espectadores de 50 e 80 mil pessoas,respectivamente,abaixo do esperado,mesmo com promoções e até casos de venda casada de ingressos.Depois Jennifer Lopez levou somente 5 mil pessoas.

Segundo o jornalista,produtor e um dos sócios do Cine Jóia,Lucio Ribeiro,o mercado ficou aquecido “devido a uma conjuntura de coisas,como o crescimento da economia,a quebra da industria fonográfica,que precisou de uma nova fonte de renda e a internet,que ajudou na pesquisa e no interesse das pessoas sobre as bandas novas”.A partir daí,se cresceu também os cachês,o que ajudou a tornar mais caro o preço do ingresso.

“É uma conta difícil de fechar”,conta Lucio.”Você tem custos para cobrir se você traz os Strokes dos EUA para tocar aqui,como alimentação,traslado,transporte,aluguel de casa de shows e ainda a meia entrada,e tem que dar lucro,senão é inviável”.Segundo ele,a mesma economia que ajudou a trazer os grandes shows está os afastando.”Se a economia vai mal,ninguém compra ingresso e o patrocinador não bota dinheiro no show ou festival,porque não vai dar lucro”.

Apesar dos sinais de que tudo vai mal,o Planeta Terra,que acontece no mês de novembro em São Paulo está com sua sétima edição confirmada,para o Jockey Club.É esperar para os próximos passos.

Stephen Malkmus & The Jicks - Mirror Traffic

Stephen Malkmus para mim sempre foi um cara esquisito e legal.Com o Pavement,alcançou nos anos 90 o apice da popularidade e da musicalidade,de letras esquisitas e musicas tortas e preguiçosas,com discos irrepreensiveis como o classico Slanted & Enchanted,de 1992 e Crooked Rain,Crooked Rain,de 1993,com seu hit Cut your Hair.

Com o fim da banda,em 1999,Malkmus partiu para uma carreira solo regular dois anos depois,e depois do progressivo,de 2008,anunciou a volta da sua consagrada banda.

Depois da interessante e decepcionante volta do Pavement(pelo menos pra mim,que esperava algo novo deles,além da coletânea e turnê ),Stephen anunciou que estava trabalhando com o cantor Beck em um novo disco solo.Eis que chegamos a Mirror Traffic,com alguma expectativa.

As três primeiras dialogam diretamente com a sonoridade Pavement.Tigers,No One(As I Be) e Senator são pops e distorcidas,com exceção da segunda,uma balada.

 Jumblegross é uma pequena sessão de distorção que dura um minuto.No geral é um disco que percorre muito bem suas 14 faixas,num jogo de pop distorcido que conquista o ouvinte.

Nas lentas Long Hard Book e Fall Away,o que permanece é o clima agradavel que permeia todo o disco.Felizmente é uma boa “volta” a carreira solo e felicidade dos fãs.

Stephen Malkmus

Mirror Traffic

Matador

Nota:8

Pissed Jeans - Honeys

De boa?Tava fuçando alguns sites de musica à procura de novidades e me deparei com um nome que se não conheço,pelo menos já vi muito pelo nome:Pissed Jeans.Um quarteto da cidade de Allentown,na Pensilvânia,mas que atualmente reside na Filadélfia já tem agora quatro discos no curriculo,somando com o novo,Honeys.Vamos a ele.

Lançado pela Sub Pop,a "gravadora do Nirvana",mas dona de muitos titulos historicos e interessantes quanto Bleach.Honey prima pela sujeira.E bota sujeira nisso.A primeira do disco,Bathroom Daughter,dá a tonica dele:uma sequencia de barulho,sujeira de primeira,riffs e mais riffs e pancadaria.Chain Worker é baseada num riff distorcido de baixo onde o vocalista declama.You're Different(In Person) e Cafeteria Food são stoners rock à sua forma:uma reune os melhores momentos do Kyuss e a outra tem viagens a lá QOTSA.

Vain in Costume tem muito de grunge,com uma boa base de baixo e bateria marcando sempre.Something About Mrs.Johnson é um "instrumental" que mais parece gravado com um celular,de tão imediato e tosco que é.

O disco assim se encerra,com uma puta vontade de virar umas cervejas depois de ouvir.Ou antes,se você prestou atenção no disco.Som perfeito para uma roda de pogo na sala,ou no quarto.Quanto mais suado melhor.

Banda garageira foda.Isso que digo.

Pissed Jeans
Honeys
Sub Pop
Preço em média: R$ 50 (importado)

My God is the Sun

 

Ouça agora a nova musica do Queens of the Stone Age,divulgada agora pouco no hotsite criado para isso.A musica é muito boa,acessivel,sem perder a pegada caracteristica da banda.Enjoy it!

www.mygodisthesun.com

Shows para um finde chuvoso

 Num dia chuvoso como esse resolvi ir num show para me animar e alegrar o dia(risos).Por um convite via facebook resolvi ir num show com cinco bandas no DCE da Universidade Federal do Paraná,no centro de Curitiba.Por iniciativa do meu amigo José Lucas(ai,Ze),quatro bandas curitibanas(VCNST,Repudiyo,Better than Large,Beyond Frequency)e a principal,a paulistana O Inimigo.

Foi mais um daqueles shows que não conhecia as bandas mas várias pessoas com quem convivo,mesmo não sendo da universidade.São amigos que compartilham das mesmas idéias e conceitos,mas com algo em comum,uma delas é a musica.

Mesmo num domingo de chuva,mais de cem pessoas compareceram ao pequeno mas espaçoso lugar para a batalha.E a primeira delas foi a VCNST(ou Vou Cuspir no Seu Tumulo).Com sua mistura de hardcore e noise-rock,mandaram varias faixas de seu ultimo disco,auto-intitulado,para uma platéia pequena mas atenta.Confesso que fiquei mais prestando atenção ao som do que ao conteúdo anárquico do quarteto,mas foi bom de se ouvir.

Depois de uma pausa,veio o Repudiyo.O quinteto também de Curitiba se apresentou com musicas do ultimo disco,e fez um show memorável,também na mesma linha hardcore,mas puxada para o metal.

Depois foi a vez do Better than Live,a única das bandas que cantavam em inglês,mas isso é assunto para um outro parênteses.Mesmo com alguns problemas de som,eles mandaram seu HC melódico dos dois primeiros EPs e foi uma das melhores da noite.

Outro que apareceu foi o Beyond Frequency,talvez a mais inusitada do dia.Por ser uma banda hardcore instrumental e por suas musicas serem conduzidas por climas diversos e vinhetas,foi para mim a novidade,não só pela qualidade dos músicos como pelas musicas de seu EP.Segundo a banda em entrevista que será exibida abaixo,pretendem gravar um LP para breve.

 E por fim,a grande da noite:O Inimigo.Formada por músicos diversos da cena paulistana,entre eles Juninho,que toca baixo no Ratos de Porão e Fernando Sanches que tocou dentre outras bandas no Hateen e no CPM 22,fazem parte dela.Com seu hardcore melódico mas porrada tocaram musicas do seu ultimo disco Imaginario Absoluto,lançado em 2011.Com grandes faixas,dentre elas a que dá o nome a banda(maravilhoso riff)e,eles levaram o publico abaixo,sempre pra cima e não parando um minuto.Também em entrevista ao escriba,Fernando Sanches fala da banda,do disco e dos projetos futuros.

E que venha mais chuva

A seguir as entrevistas:

Com Bruno,guitarrista do Beyond Frequency

Coisa:Como foi a idéia de formar a banda?

Bruno:Surgiu alguma coisa ano passado e resolvemos fazer.Já tínhamos passado por bandas de hardcore,e queríamos fazer algo diferente,voltado ao segmento.

Coisa:Eu tava vendo que o publico,majoritariamente de hardcore,ficou prestando muita atenção ao show,vendo os detalhes.Isso é uma intenção?

Bruno:sem duvida,visto que nos investimos e nos preocupamos com essa coisa de vinhetas,iluminação,dentre outras coisas.Achei legal que você falou isso,de chamar a atenção.Eles devem ter gostado(risos).

Coisa:quais são os projetos futuros?

Bruno:gravar nosso primeiro LP,porque vemos que ninguém compra disco e o LP as pessoas tem mais atenção.Isso para breve.

Com Fernando Sanches,guitarrista d’O Inimigo

Coisa:Como surgiu a idéia de lançar um vinil do novo disco?

Fernando:Cara,a gente é muito fã de vinil,inclusive o Calota(baixista da banda)tem uma loja que só trabalha com vinil no centro de São Paulo,então vimos que foi uma coisa interessante.[É um formato que faz sentido pra gente,que gostamos de ouvir

Coisa:Como é tocar com eles,como o Juninho,que toca no Ratos de Porão?

Fernando:Eu gosto de tocar com eles,a gente se conhece desde o começo dos anos 90,são amigos de longa data,e é sempre um clima agradável,com liberdade de criação.Muito bom pra todo mundo.

Coisa:E o que acha de tocar em Curitiba?

Fernando:Sempre gostei de tocar aqui,é um lugar bom pro rock,temos ótimos amigos aqui.Já toquei com o Againe,conheço os caras do Pinheads..

...

Coisa:Algo velho portanto(risos)....

Fernando:Eu sou velho(risos).Então,é sempre bom tocar aqui.

Coisa:agora,sobre o CPM 22,porque que você resolveu sair da banda?

Fernando:É o seguinte,eu não queria mais aquele ritmo de como eles trabalham,porque são como uma empresa,com prazos,e não achei mais afim de trabalhar assim,então resolvi sair.Mas são bons amigos,inclusive gosto do Heitor(ex-Charlie Brown Jr.)que é um bom baixista,então estão bem.
 

Coisa:E foi convidado pra participar do Acustico que eles estão pra gravar?
 

Fernando:sei que eles vão fazer um acústico,mas não sei de nada.Mas se me convidarem,eu aceito de boa.
 

Coisa:Pra terminar,quais os próximos planos? 

 

Fernando:Vamos fazer alguns shows e festivais pela Europa,como o Fluff e o outro,que vai ter o Black Flag,também pretendemos tocar na costa leste dos EUA,assim como da ultima vez que fomos pra costa oeste.Também queria tocar no Japão,mas ai é mais caro,coisa de custos.Mas vamos ver no que dá.